1. O que significa para você ser premiada pelo VC’s World’s Best Female
chef?
Significa o reconhecimento do trabalho que eu,o Dani e toda nossa equipe estamos
fazendo. Eu não sou e nunca pretendi ser a melhor chef do mundo, até porque esse é um
julgamento difícil. Cada um pode ser o melhor em determinada situação, em algum
momento para alguém. Mas claro, estou feliz e honrada com esse prêmio. Buscamos no
Maní fazer o nosso melhor a cada dia, errando e acertando.
Eu espero que esse prêmio abra espaço para o trabalho de outras cozinheiras e cozinhas
maravilhosas que temos no Brasil.
2. Que impacto você teve ao ganhar o premio VC’s World’s Best Female
chef?
Fiquei muito feliz e grata quando me contaram.
3. Que impacto teve no restaurante o fato de você ganhar o prêmio VC’s LatAm’s Best
Female Chef?
Esses prêmios atraem um público diferente daquele que costuma vir sempre no restaurante.
É bom receber gente nova e de outros cantos do mundo.
4. Como você definiria a cozinha no Maní?
Nossa cozinha está diretamente ligada com as nossas histórias( memórias, passado) e de
como percebemos o mundo hoje (o cotidiano, as coisas do dia a dia). As descobertas, as
redescobertas, a troca com as pessoas. Buscamos sempre esse movimento de olhar para
dentro e para fora.
5. Você pode nos falar sobre o seu percurso profissional e como decidiu se tornar chef?
Não teve um momento preciso de decisão. As coisas foram acontecendo naturalmente. Aos 18 anos vim morar em São Paulo para trabalhar como modelo e mudar os ares. Adorava cozinhar desde cedo e como tinha muito tempo livre, fui atrás de estágios. O primeiro trabalho que consegui foi num catering como garçonete. Depois consegui um estágio na cozinha de um restaurante francês. Na mesma época também comecei a fazer jantares em festas e em casas de amigos. Fui me apaixonando pelo trabalho e pouco a pouco deixando
os trabalhos como modelo. Morei um ano na Itália e três na Espanha, fazendo estágios e
trabalhando. Quando percebi estava mergulhada no universo da gastronomia.
6. Quem ou o que é a sua maior inspiração?
Tem tantas pessoas que me inspiram . Na cozinha, na música, no cinema. Mas acho que a maior inspiração é a própria vida.
7. Como tem sido a evolução do Maní desde a abertura?
Acho que o motor da “evolução” é ter curiosidade. Querer sempre aprender e melhorar com
calma, respeitando o momento, os outros e a si mesmo.
8. Se você tivesse que escolher uma entrada, um prato principal e uma sobremesa do Maní, qual escolheria?
O ceviche de caju, a bochecha de boi com purê de taioba e tutano, e o mil folhas de lírio do brejo.
9. Por que você acha que o Maní foi tão bem-sucedido?
O Maní é um restaurante que foi idealizado e construído por um grupo de amigos. O Pedro Paulo Diniz e a Fernanda Lima foram os investidores. A Giovana Baggio, o Rafael Lima, eu e o Dani, trabalhamos no dia a dia. Além do amor e da dedicação que colocamos no restaurante, o fato de nos respeitarmos e acreditarmos uns nos outros, contribuiu para o sucesso do Maní. Isso tem sido fundamental!
10. O que você acha que mais precisa ser feito para incentivar mulheres a seguir a carreira de chef?
Não acho que falte incentivo para as mulheres. Nunca me senti discriminada ou com falta de oportunidades por ser mulher nos países em que trabalhei e no Brasil. Talvez em outras partes do mundo seja mais complicado. O trabalho na cozinha, tanto para homens como para mulheres, é duro! As horas de trabalho, o calor na cozinha, os cortes, as queimaduras, os finais de semana. Para seguir essa profissão, abre-se mão de muitas outras coisas. Por isso tudo, mais importante do que incentivos, é gostar desse trabalho e estar disposto a trilhar esse caminho.
11. Quantas mulheres incluindo você trabalham na cozinha do Maní?
Atualmente somos dezesseis, só na cozinha.
12. Quais são as vantagens de ser uma mulher na cozinha?
As mesmas que os homens! Delicadeza, sensibilidade e intuição são virtudes que podem se manifestar em todo ser humano.
13. Quais são as desvantagens de ser uma mulher na cozinha?
A TPM, não tem jeito! (Risos)
14. Você acha que o tempo que você e o Daniel passaram no El Celler Can de Roca, influenciou a sua maneira de cozinhar?
Muito! Considero a experiência no Celler minha grande escola na cozinha. Mais ainda para o Daniel, que trabalhou lá dos 15 aos 28 anos de idade.
15. Como será o seu novo restaurante?
O restaurante será no terraço de uma livraria incrível que temos no Brasil. Terá uma cafeteria com sanduíches, tortas, comidinhas gostosas e uma cozinha simples com foco nos ingredientes. O chef de cozinha será o Marcelo Almeida, que trabalha no Maní há seis anos.
16. Você tem planos de abrir restaurantes em outros países?
Não tenho a menor idéia de como faria isso. (Risos) Agora nem pensar!
17. Como será o livro sobre o Maní?
O livro contará a história do restaurante, as amizades, os encontros, os pratos e as inspirações. Estou adorando fazer o livro e compilar nosso trabalho ao longo desses anos. Ajuda a entender o que fizemos até agora e para onde queremos ir.
18. Qual você acha que é a percepção do mundo em relação à cozinha Sul-Americana?
Acho que as pessoas estão conscientes da grande diversidade de ingredientes da América do Sul e que temos uma cozinha nativa, genuína, influenciada por nossa rica história, cultura e terroir.
19. O que você gostaria de partilhar com o mundo sobre a culinária brasileira, que ainda não seja conhecido?
A diversidade de ingredientes incríveis que temos e que a cada dia correm o risco de serem extintos. Por exemplo, mandioca, jabuticaba, alguns tipos de farinhas, feijões e maracujás.
20. O que você gosta de cozinhar na sua noite de folga, em casa, para amigos?
O lado italiano se sobressai nesses momentos. (Risos) Muita massa e risotos!
21. Qual o melhor prato que você já comeu?
São tantos pratos e tantos momentos! Difícil responder. Recentemente, lembro de um tortilla de milho azul, recheada com carne de porco e muita pimenta, preparada pela Lourdes Hernandez, uma cozinheira mexicana incrível que mora em São Paulo. Fui dormir e salivava pensando naquele sabor.
22. Qual é o seu maior orgulho/realização?
O Maní.
23. Olhando para trás, o que você teria feito de forma diferente?
Nada. Sou mais grata aos erros do que aos acertos que tive na vida.
24. Quais três conselhos você daria a si mesmo quando era mais jovem?
Siga sempre o coração, seja sincera com você e com os outros. Nunca experimente cigarros. Eles viciam!
25. Nada supera o talento, a paixão e muito trabalho. Mas o que mais você pediria da nova geração de chefs que querem trabalhar com você?
Interesse e humildade.
26. Como funciona a sua parceria com o Daniel na cozinha? Vocês cozinham juntos todas as noites? Ambos estão envolvidos com as criações do menu?
No início, durante os três primeiros anos, nós costumávamos trabalhar juntos na cozinha, depois decidimos separar os turnos, quando eu faço o serviço do almoço, ele faz o do jantar e vice – versa. Cada um tem suas próprias idéias e pontos de vista, mas continuamos trabalhando juntos no processo de criação dos pratos.
5. Você pode nos falar sobre o seu percurso profissional e como decidiu se tornar chef?
Não teve um momento preciso de decisão. As coisas foram acontecendo naturalmente. Aos 18 anos vim morar em São Paulo para trabalhar como modelo e mudar os ares. Adorava cozinhar desde cedo e como tinha muito tempo livre, fui atrás de estágios. O primeiro trabalho que consegui foi num catering como garçonete. Depois consegui um estágio na cozinha de um restaurante francês. Na mesma época também comecei a fazer jantares em festas e em casas de amigos. Fui me apaixonando pelo trabalho e pouco a pouco deixando
os trabalhos como modelo. Morei um ano na Itália e três na Espanha, fazendo estágios e
trabalhando. Quando percebi estava mergulhada no universo da gastronomia.
6. Quem ou o que é a sua maior inspiração?
Tem tantas pessoas que me inspiram . Na cozinha, na música, no cinema. Mas acho que a maior inspiração é a própria vida.
7. Como tem sido a evolução do Maní desde a abertura?
Acho que o motor da “evolução” é ter curiosidade. Querer sempre aprender e melhorar com
calma, respeitando o momento, os outros e a si mesmo.
8. Se você tivesse que escolher uma entrada, um prato principal e uma sobremesa do Maní, qual escolheria?
O ceviche de caju, a bochecha de boi com purê de taioba e tutano, e o mil folhas de lírio do brejo.
9. Por que você acha que o Maní foi tão bem-sucedido?
O Maní é um restaurante que foi idealizado e construído por um grupo de amigos. O Pedro Paulo Diniz e a Fernanda Lima foram os investidores. A Giovana Baggio, o Rafael Lima, eu e o Dani, trabalhamos no dia a dia. Além do amor e da dedicação que colocamos no restaurante, o fato de nos respeitarmos e acreditarmos uns nos outros, contribuiu para o sucesso do Maní. Isso tem sido fundamental!
10. O que você acha que mais precisa ser feito para incentivar mulheres a seguir a carreira de chef?
Não acho que falte incentivo para as mulheres. Nunca me senti discriminada ou com falta de oportunidades por ser mulher nos países em que trabalhei e no Brasil. Talvez em outras partes do mundo seja mais complicado. O trabalho na cozinha, tanto para homens como para mulheres, é duro! As horas de trabalho, o calor na cozinha, os cortes, as queimaduras, os finais de semana. Para seguir essa profissão, abre-se mão de muitas outras coisas. Por isso tudo, mais importante do que incentivos, é gostar desse trabalho e estar disposto a trilhar esse caminho.
11. Quantas mulheres incluindo você trabalham na cozinha do Maní?
Atualmente somos dezesseis, só na cozinha.
12. Quais são as vantagens de ser uma mulher na cozinha?
As mesmas que os homens! Delicadeza, sensibilidade e intuição são virtudes que podem se manifestar em todo ser humano.
13. Quais são as desvantagens de ser uma mulher na cozinha?
A TPM, não tem jeito! (Risos)
14. Você acha que o tempo que você e o Daniel passaram no El Celler Can de Roca, influenciou a sua maneira de cozinhar?
Muito! Considero a experiência no Celler minha grande escola na cozinha. Mais ainda para o Daniel, que trabalhou lá dos 15 aos 28 anos de idade.
15. Como será o seu novo restaurante?
O restaurante será no terraço de uma livraria incrível que temos no Brasil. Terá uma cafeteria com sanduíches, tortas, comidinhas gostosas e uma cozinha simples com foco nos ingredientes. O chef de cozinha será o Marcelo Almeida, que trabalha no Maní há seis anos.
16. Você tem planos de abrir restaurantes em outros países?
Não tenho a menor idéia de como faria isso. (Risos) Agora nem pensar!
17. Como será o livro sobre o Maní?
O livro contará a história do restaurante, as amizades, os encontros, os pratos e as inspirações. Estou adorando fazer o livro e compilar nosso trabalho ao longo desses anos. Ajuda a entender o que fizemos até agora e para onde queremos ir.
18. Qual você acha que é a percepção do mundo em relação à cozinha Sul-Americana?
Acho que as pessoas estão conscientes da grande diversidade de ingredientes da América do Sul e que temos uma cozinha nativa, genuína, influenciada por nossa rica história, cultura e terroir.
19. O que você gostaria de partilhar com o mundo sobre a culinária brasileira, que ainda não seja conhecido?
A diversidade de ingredientes incríveis que temos e que a cada dia correm o risco de serem extintos. Por exemplo, mandioca, jabuticaba, alguns tipos de farinhas, feijões e maracujás.
20. O que você gosta de cozinhar na sua noite de folga, em casa, para amigos?
O lado italiano se sobressai nesses momentos. (Risos) Muita massa e risotos!
21. Qual o melhor prato que você já comeu?
São tantos pratos e tantos momentos! Difícil responder. Recentemente, lembro de um tortilla de milho azul, recheada com carne de porco e muita pimenta, preparada pela Lourdes Hernandez, uma cozinheira mexicana incrível que mora em São Paulo. Fui dormir e salivava pensando naquele sabor.
22. Qual é o seu maior orgulho/realização?
O Maní.
23. Olhando para trás, o que você teria feito de forma diferente?
Nada. Sou mais grata aos erros do que aos acertos que tive na vida.
24. Quais três conselhos você daria a si mesmo quando era mais jovem?
Siga sempre o coração, seja sincera com você e com os outros. Nunca experimente cigarros. Eles viciam!
25. Nada supera o talento, a paixão e muito trabalho. Mas o que mais você pediria da nova geração de chefs que querem trabalhar com você?
Interesse e humildade.
26. Como funciona a sua parceria com o Daniel na cozinha? Vocês cozinham juntos todas as noites? Ambos estão envolvidos com as criações do menu?
No início, durante os três primeiros anos, nós costumávamos trabalhar juntos na cozinha, depois decidimos separar os turnos, quando eu faço o serviço do almoço, ele faz o do jantar e vice – versa. Cada um tem suas próprias idéias e pontos de vista, mas continuamos trabalhando juntos no processo de criação dos pratos.
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